quarta-feira, maio 31, 2006

Meus passos

Porque tem esse lugar. Esse lugar onde meu pensamento mora e onde eu quero chegar. Ando, corro pra lá. Sem chão, vou voando.

Da minha montanha, o que vejo é.

Porque você tá ali, levando a sua vida de sempre e achando bom. Aí, de repente, muda tudo e você sente falta do que antes nem sabia que existia. Um vazio aqui dentro, sem tamanho e uma vontade sem medida, nem explicação. A vida na montanha russa é assim. Há vertigem. Ah, vertigem! Um suspiro atrás do outro.

terça-feira, maio 30, 2006

Tô de volta (mas, muito não)

Madrugada de sábado. Aeroporto de Salvador. Tá, eu devia saber o nome, mas. Chuva. Muita. Táxi e os olhos que não conseguem acompanhar tanta coisa nova de uma vez. Pousada em Itapuã. É, aquela da música. Mas, não passei nenhuma tarde lá, nenhuma. Sábado, Shopping Iguatemi, cartas e postais enviados. Depois, Igreja do Bonfim. Aquela das fitinhas. E teve lavagem, mesmo sem ser sexta-feira, porque aquilo era bem dizer um dilúvio. Tudo congestionado, ruas cheias d´água até chegar ao Mercado Modelo com direito à roda de capoeira (Pablo, não é tão diferente assim, mesmo). Almoço e vista para o mar. Cinza. E eu também, porque me faltava. Elevador Lacerda e a cidade vista de cima é ainda mais bonita. Parada no Aeroclube e volta pra casa. Casa? Domingo, Farol de Itapuã. Recados escritos na areia. Casa colorida onde eu queria morar. E olha que eu não queria morar em Salvador. Almoço na Barra, seguido de visita ao outro Farol. De um extremo a outro da orla. Uma viagem. Tudo é tão longe, sabe? Eu acostumada com Pina, Boa Viagem, Piedade, Candeias e Barra de Jangada. Nhé. À noite, Pelourinho e ensaio do Olodum. Ontem, o sol resolveu aparecer e quando o sol aparece, muda tudo. Mais cores e eu gosto de cores. Passeio e sorvete pelo centro. Mais Pelourinho, mais Mercado Modelo, mais Elevador Lacerda. Uma horinha naquele café porque não dava pra evitar. Ah, acho que foi isso. Assim, resumidamente, que agora tô aperfeiçoando esse talento pra resumir historionas.

Chegada em Recife às 8:40 de hoje. Mas, a verdade é que eu não tô aqui.

quinta-feira, maio 18, 2006

Porque ela é Alice

E tem aqueles olhos grandes que parecem querer ver o mundo todo de uma vez só. Tem fome. De vida. Olhos assim, feitos de noite. Mas, quando ela sorri, ilumina. Um sol todinho guardado lá dentro. Onde mora a fada. De cabelos vermelhos e asas de todas as cores. Feito ela. Só que as asas dela, a gente não pode ver. Ficam escondidas embaixo do vestido florido. Aquele, preferido.

quinta-feira, maio 04, 2006

Dos últimos dias

Porque tem essas fases em que tudo se complica ou a gente complica tudo. Vai saber. O fato é que li aquele e-mail, que não era pra mim e quis que fosse, de tão bonito. Tá, inveja é coisa feia, mas foi o que senti. Inveja branca, porque gosto tanto dos dois, mas ainda assim. Aí, quando tava melhorando, quando tinha tido dia tranquilo depois da correria medonha de semana que começa com feriado: crítica. E não sei lidar bem com críticas (Alguém sabe?). Principalmente, quando sinto que me esforço e tento e tento, mas nunca é o bastante. Queria que o fato de saber que nunca é o bastante, bastasse. Mas, não é assim e dói. Uma dorzinha chata que não chega a impedir que se faça qualquer coisa, mas incomoda. Muito. Ah. Também teve conversa com a moça saudosa e vontade de cuidar. Teve segredo indo e vindo. Teve aquele sorriso que gosto tanto e meu nome esticadinho. Teve visita e conversa boa. Teve filme, um bocado de filme. Teve momento Padawan-que-não-pára-de-falar (e preciso pensar sobre isso e escrever sobre isso e). Mas aí, não tem jeito, a cabeça volta pro momento difícil aí de cima e fica tudo putaquepariu, quero mudar de vida.

Ela disse que meu blog é misterioso e acho que tem razão.