quinta-feira, novembro 23, 2006

Porque todo fim é o começo de alguma outra coisa.
Só que a gente ainda não sabe o que é, meninalice.
Eu acho que ela vai continuar atravessando séculos e mares até encontrar o lugar mais bonito pra ser luz.
De lá, te ilumina.

terça-feira, novembro 21, 2006

Eu sou uma pessoa comum, uma menina como outra qualquer. Sendo assim, tenho sentimentos desses feios e que não têm nada de evoluídos como raiva, ciúme, inveja e podia continuar aqui uma tarde inteira... Sorte é que como toda ariana, sou de rompantes e da mesma forma que eles vêm, vão embora. Não sou de guardar rancor, não mesmo. Mas, sou de explosões. Dessas grandes. Que demoram a acontecer, mas acontecem. E é sempre inesperado porque tenho essa cara de boazinham. E até sou boazinha a maior parte do tempo (o que não é uma vantagem, acreditem). Mas isso não é uma constante, porque constância não sei o que é.

segunda-feira, novembro 20, 2006

E é uma inquietação sem fim. A pessoa não pode parar, não pode. Senão, é tomada por um monte de pensamento, sem pé, nem cabeça, mas que complica tudo de tal forma que putaqueopariu.
Faz calor em Ricife de uma maneira que vocês não têm noção, não têm. A vontade é de não sair de baixo do chuveiro jamais e ar-condicionado no talo, por favor.
Sábado, 7:30. Afinal, não é preciso acordar cedo e sempre se pode dormir um pouco mais. Rá.
Voltas na cama. Livro e música. Mas, nada feito.
Café da padaria e passeio a pé pela cidade, que é coisa que me agrada. Sim, eu sou doente e não, isso não é mais novidade.
Tudo tão bonito e tão colorido e eu tão serelepe brincando de tirar fotos. Pinto no lixo, como dizem. É feio pinto no lixo, né? Eu acho.
E derretendo ao sol.
Sem vontade de almoço, sem vontade de voltar pra casa, mas em algum momento é preciso.
Ainda bem que ela ligou chamando pra passear no Mercado de São José. Ainda bem.
Domingo foi dia de preguiça. Muita. Filme, computador e cama, cama, computador e filme. Não necessariamente nessa ordem.
A pisada foi essa até de noitinha. Aí, teve mais passeio, mais foto, mais sorriso espalhado e mais essa falta que não passa.
Contando os dias e fazendo listas, eu.
Pra terminar, só quero dizer que tem Monobloco sábado. Mo-no-blo-co. E daí pro México é uma pulo. Em frente toda vida, moça.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Ela que é gueixa e é Alice, que orienta os meus passos no País das Maravilhas. Sabe que o Coelho é também Chapeleiro e toma chá no meio da tarde. Menina das cores suaves e nomes desconhecidos. Delicadeza. Origami que me dobra. Ela que canta baixinho, enquanto desenha o que fica atrás dos olhos. Negros. Águas calmas onde mergulho, enquanto ela voa.

(Que é pra ela não esquecer.)
Eu queria fazer um desenho bem bonito. Mas, rabisco e não alcança.
Isso muito me acontece. Achar que não é o bastante e querer ser mais.
Depois, me distraio e passa.
Tão cansada e desejada de tempo, sem nem saber exatamente pra quê.
Mas, os dias correm.
As horas passam devagar. Mas os dias correm.
Chega dá medo uma coisa dessas.
E já, já é Natal e eu não gosto dessa época do ano.
Prefiro fevereiro e Carnaval.
Quase preciso de Carnaval com todas as cores, to-das.
As minhas tão com ele, ali onde meu sorriso foi morar.
Ô lugar bonito, benza Deus.

terça-feira, novembro 14, 2006

Porque é assim, um desmantelo, um atropelo, um disparate. Tem a vertigem, o frio na barriga e o medo da queda. O jeito é soltar as mãos, fechar os olhos e gritar bem bem alto.

sábado, novembro 11, 2006

Deito na cama e rabisco teu nome no papel amarelo. A música é feliz, faz sol, mas aqui dentro mora um bichinho que diz "não". É que ele não gosta - ou talvez, não saiba - esperar e queria começar a brincadeira agora. Impaciente. Apressado. Cheio de vontade de vida. Feito eu.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Eu queria segurar a tua mão e te levar pelos meus caminhos. Nada muito bonito ou pretencioso, que sou menina comum. Aí, a gente ia caminhar até os pés não aguentarem tanto chão ou os olhos cansarem de tanta paisagem. Ia ser um passeio silencioso, sabe? Vezequando, um ia olhar pro outro e rir, porque a gente é bobo. E tudo bem em ser bobo. Depois, ia sentar num banco de praça, na beira do rio, na areia da praia ou num café qualquer e falar sobre o que já não cabe aqui dentro. E eu teria que inventar palavras novas porque as velhas não servem mais, nem combinam com as tuas cores.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Tem o querer, mesmo quando você não quer. Não adianta respirar fundo, contar até dez, ir pra casa mais cedo, olhar pro outro lado. Ele continua lá. Mesmo quando não está. Fica no espaço que deixou, no vazio, na dúvida do que poderia ter sido, no quem-sabe-outro-dia. A consciência tranqüila, o coração apertado. O querer só vai embora quando quer, quando gasta, quando cansa. Até lá é essa agonia, esse destempero, esse fechar de porta e chorar até pegar no sono exausta.
Eu sou eu. Ele é ele.
Vezenquando, somos nós.
Eu, sem me perder de mim.
Ele, sem se perder dele.
Assim, um não se perde do outro.

terça-feira, novembro 07, 2006

É que eu sou pessoa de chegadas, não de partidas.

segunda-feira, novembro 06, 2006

E ela não dormiu uma noite inteira, tentando se convencer de que era errado. Deitada na cama, olhando pro teto e ouvindo as mesmas músicas de sempre, enumerou os motivos do porque não. Mas, o querer era tanto que enchia o pensamento de porque sim.
Sexta teve samba. Chorinho e samba. Lá no que antes era Garraffus e agora é Toca da Joana. Ainda não tinha ido desde que mudou de nome e de cenário. Achei tudo tão bonito! E porque sou boba e porque é muito amor, fiquei toda orgulhosa dele, que me deu todos os abraços prometidos e um nariz de palhaço. Volta pra casa antes da hora, porque eu queria era uma noite inteira. Mas, deu pra ouvir música boa e balançar prum lado e pro outro, feliz da vida. Senti falta das pessoas de sempre, apesar das pessoas novas. Eu me apego de tal forma, que. Sábado, tentei Forte das Cinco Pontas outra vez e outra vez, tava fechado. Desisti. Aí, a gente foi pra Casa da Cultura. Passeio, entra e sai de lojinha, “essa aqui é uma cela de verdade”, brincadeira com a caixa que não abre, lembrança de outras visitas, fotos, conversa boa e picolé de cajá. O que é picolé de cajá depois de anos e anos sem? Huuuuuuuuuuuum. Depois, Federal (porque era caminho!) e sessão nostalgia, porque. Castelo, que é visita obrigatória e o melhor lugar pra contar segredos. Cansados, voltamos pra casa. A minha. Teve filme, sorriso e dengo. Tudo muito, porque essa é a medida. Domingo, fui lá e vi a caixa de cores que vou ganhar de presente e vocês não têm idéia... Não, vocês não têm, porque nem eu. De lá, pra Olinda com crepe no final da tarde e a janela mais bonita da cidade. Queria ir embora mais não, nunca mais. O tempo podia parar ali, assim, pra sempre. Recife Antigo, maracatu pra todo lado, lua cheia no Marco Zero e Livraria Cultura. Aff.

quinta-feira, novembro 02, 2006

Tô acordada há 36 horas e acho que não vou conseguir dormir nunca mais.
Eu, que andava com medo de gentes, desfiquei.
Por causa dela, principalmente. Mas por causa deles também.
Anna, Caio e Manel. As melhores companhias.
Ele, também. Mas, ele, eu já sabia.
Meu problema era com estranhos.
Moça da bolha que eu sou e ficando cada vez mais.
Aí, ganhei três abraços e sorrisos tão tão bonitos, que não teve jeito.
E a gente caminhou uma cidade e nem o sol a pino derreteu meu sorriso, que ficou ali, grudado.
Casa da Cultura, fechada. Forte das Cinco Pontas, fechado. Catamarã, ufa! E Marco Zero.
Daí, pra Olinda com direito a carona muito bem-vinda.
E Olinda, vocês sabem. O que é aquilo?
Fotos, no flickr. Lembranças, aqui dentro.
Quero deixar eles irem embora mais não.