quinta-feira, dezembro 14, 2006

Eu passei tantas horas deitada na cama, olhando pro teto, tentando entender pra te explicar, que você não acreditaria. E conversei comigo mesma infinitas vezes, repassando a mesma história de trás pra frente, de frente pra trás. Procurei incansavelmente aquele ponto exato onde o que era deixou de ser e o que é respirou pela primeira vez. Desejei profundamente que você pudesse morar em mim por alguns minutos, pra sentir o que acontecia aqui dentro. Tive raiva, tive medo, tive todas as dúvidas. Todas. Rezei, me atrapalhei, me confundi, me compliquei. Não quis mais. De verdade. Não quis com toda força do pensamento. Só que meu coração é teimoso. Intuia, persistia, quase adivinhava e tinha toda razão. Por mais doido e doído que parecesse. Era. É. Eu não sei como, nem quanto, nem até onde. Mas eu, que sempre andei ao sabor dos ventos, agora tenho um norte e não quero me perder nunca mais.