sexta-feira, junho 30, 2006

Feito gato.

Quero sete vidas e sete pra sempres.

quinta-feira, junho 29, 2006

E tem tanta coisa que eu queria contar.

Escrever assim, com todas as letras. Mas, vou deixando subentendido. Nem tão subentendido assim... Até que. Porque vai chegar uma hora em que a minha vida vai cansar de prender a respiração. Ah vai. E não demora. Não mais. Tá quase. Bem dizer, dobrando a esquina. E é uma alegria assim tão grande pensar nisso. Apesar da vertigem. Ou por causa dela. Vai entender.

terça-feira, junho 27, 2006

E eu espero.

Minha vida deitada na rede, vai-e-vem, sem sair do lugar.

segunda-feira, junho 26, 2006

Fora do lugar.

Às vezes você queria estar em outro lugar, por não querer estar onde está, sabe? Só que acontece também de querer estar em outro lugar, por achar que não existe outro no mundo. Onde você caiba de tal forma, que não falte, nem sobre. Um lugar assim, exato, como contorno da mão no papel. E você caminha e caminha e caminha, mas não chega. Isso dá uma angústia tão grande, que meudeusdocéu. Fica tudo fora do lugar, porque você tá fora do lugar. Personagem no cenário errado.

Histórias pra dormir.

E ela quase não respirava. Temia que um movimento mais brusco, fizesse o relógio voltar a tiquetaquear. Suspense. Transe na madrugada. Fechou os olhos porque o mundo a sua volta não existia. Os seus pensamentos se perdiam entre silêncios e suspiros, enquanto as palavras cortavam o ar. A voz dele era a música que ela queria dançar. E dançou. A noite inteira.

quarta-feira, junho 21, 2006

Pensando alto.

Porque essa ponte que me liga a você é feita de pensamento. É coisa que não se pode ver, mas tá lá. Existe. E não importa o tempo, nem a distância, porque vai além. É uma espécie de fio condutor, que prende, mas não aprisiona. É como vento no rosto, que arrepia a pele, mas não se pode tocar. De tão etéreo.

E chove.

Manda o sol mais pra cá ou eu empurro a minha janela pro teu lado?

terça-feira, junho 20, 2006

Porque ontem foi dia cheio, mas tudo faltava. Tudo.

Eu podia falar de tpm, mas ia ser mentira dessa vez. As milhares de coisas pra fazer aqui no trabalho, não bastaram. O passeio à Livraria Cultura, o encontro rápido com Marco de Carlota, o CD novo do Mombojó e a cidade bonita em dia de sol, não bastaram. A visita dela, a conversa séria com café e bolo quentinho, o anel roubado e o sapatinho de boneca, não bastaram. Falar com ele que sabe de vertigem, não bastou. Descobrir que posso cantar, também não. Nada alcança. Nesse mundo. E isso assusta. Mesmo.

segunda-feira, junho 19, 2006

E ninguém explica pra gente que pode ser tão difícil.

Que, entre o preto e o branco, existem milhares de nuances. Aí, a gente se perde. É, se perde. Se distrai um minuto e quando se dá conta, tá ali, no meio do caminho. Olhando pras possibilidades, sem saber em que direção seguir. Pensando que o próximo passo pode não ter volta e esquecendo que o próximo passo pode não ter volta. Olhos fechados e um sorriso de quem acredita. Porque é isso, sabe? Crença. Fé. Porque não é tangível, não se pode tocar, só acreditar ou não. E eu acredito, apesar de. A razão fica ali sobressaltada. Ah, essa ilha cercada de medo por todos os lados! E não tem manual de instruções, nem info-gráfico, nem conselho que dê jeito. Não, não tem.

(Segura a minha mão? E não solta, por favor)

sexta-feira, junho 16, 2006

O tempo não passa.

E eu precisava que. Porque a minha vida (também) prendeu a respiração. Tá esperando o dia de saber o que fazer. E esse dia demora. Aí, todas as possibilidades ficam rondando e me tiram o sono e me dão dor de cabeça. Sou pessoa que não sabe esperar (alguém sabe?). As decisões que precisam ser tomadas ficam ali, fazendo fila, olho pra elas e peço paciência.

terça-feira, junho 13, 2006

Flor carmim. Cardo que recorda ao pincel. O cimo das montanhas.


Ela que é gueixa e é Alice, que orienta os meus passos no País das Maravilhas. Sabe que o Coelho é também Chapeleiro e toma chá no meio da tarde. Menina das cores suaves e nomes desconhecidos. Delicadeza. Origami que me dobra. Ela que canta baixinho, enquanto desenha o que fica atrás dos olhos. Negros. Águas calmas onde mergulho, enquanto ela voa.

quinta-feira, junho 08, 2006

Pra ela, que é minha nêga.

Porque agora ela é moça trabalhadeira, faz ballet e viaja pro ridjanêro pra ver o menino dela. Aquele, da foto do pedalinho. Aquele, que fez ela sorrir ainda mais bonito. Só que ela esquece (e eu venho aqui lembrar) que when the days have gone grey, nothing´s wrong when Molly smiles... Ela, que é Molly. E me fez dançar uma música inteira e chorar 3 vezes assistindo o mesmo filme. O mesmo, vejam bem. Ela que é menina com uma flor e que ficou com os olhinhos brilhando na livraria, sem ninguém entender coisa nenhuma. Porque ninguém nunca entende coisa nenhuma. Ela que me desconserta. Minha menina 5 minutos. Minha mochila. A vigia da cabana, que mora numa caixa vezenquando. Ela que disse que o que eu queria mesmo era um Nando Reis pra mim e me fez rir feito boba. Porque ela sempre me faz rir feito boba e ri junto porque é tão inevitável. Completude ou, como aquele moço diz, ressonância. Tudo isso pra dizer que eu tô com saudade. Daquelas.