quarta-feira, maio 30, 2007
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Afunda os pés no tapete. Branco. Olha as unhas pintadas de vermelho. Carmim. Algodão numa mão, acetona na outra. Inspira. E tosse. O reflexo no espelho acha graça até que se parte num estrondo. Nem toda acetona derramada no corpo estilhaçado é capaz de limpar a sujeira. Do mundo. Que só é azul visto assim. De longe. Bem. De longe.
quinta-feira, maio 10, 2007
No presente.
A onda vem e molha os pés, numa espécie de beijo. Morno e salgado. A onda vai e enterrava os pés, como quem diz não vai embora. Amarras delicadas e permitidas. Porque basta um movimento sutil pra acabar com a brincadeira.
quarta-feira, maio 09, 2007
Das histórias
Os olhos dele chamam os dela pra dançar. Num ritmo lento, profundo e desconhecido. O coração descompassa e ela rodopia entre um suspiro e outro. Ensaia uma aproximação, mas a música acaba antes mesmo de começar.
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