quarta-feira, janeiro 31, 2007

Porque eu te amo.

E quando a luz vermelha acender de novo, porque ela sempre acende de novo, vou dizer um sim assim bem alto. Retumbante, que é palavra bonita e que é como deve ser. Um sim pra espantar toda e qualquer dúvida, cientificamente falando. Aí, não vai restar nenhumazinha. Nem aquelas que ficam escondidas embaixo do tapete. É que eu quero fazer da minha vida, tua morada. Pra isso, preciso deixar a casa limpa e linda. Eita, que é coisa trabalhosa e eu nunca gostei de fazer faxina. Mas, por você, mudo tudo, faço diferente e faço de novo e de novo e de novo. Até acertar. Até aprender a ser teu par.

Dança comigo?

Miss on

Eu queria brincar com os cachinhos do teu cabelo e ouvir a tua voz desenhando os dias, os medos e os desejos. Palavras enchendo de cores frias o que é vermelho, laranja e amarelo. Uma certa melancolia a cada gargalhada. A tua alegria triste. Uma falta assim sem jeito. De alguma coisa assim sem nome. Teus olhos antigos, iluminando um rosto de criança. Como se todas as idades da tua alma não coubessem no teu corpo.

domingo, janeiro 28, 2007

É como ela diz: não devia me importar tanto com quem não se importa comigo.
Dos aprendizados pra vida.
Cada um conta a história como lhe convém e cada outro ouve somente o que lhe interessa.
Por isso, nem adianta querer explicar, se a vontade morre ali na porta fechada.
E eu insisto pra quê mesmo?
Por que a gente não consegue perceber as coisas exatamente como são, sem toda essa sorte de sentimentos flutuando ao redor da realidade?
Depois das confusões de antes, a conclusão:
É preciso muita dúvida pra construir uma certeza.
A gente precisava saber se o sonho ia caber na realidade.
Coube.
E eu tô feliz que só, ó.

sábado, janeiro 20, 2007

Eu não sei se gosto de você.

Nunca soube. Havia a intuição, mas sentimento precisa aflorar e ser mais que idéia. Acho que faltou tempo, faltou maturar. Foi tanta coisa acontecendo aqui dentro, que não deu pra prestar atenção. Pelo menos, não a merecida. Aí, tudo se atrapalhou, se confundiu. Penso que pra gente se enxergar, sem exageros, sem excessos, nem medos, ia preciso fechar os olhos prum monte de coisas. Não consegui, não sei se conseguirei um dia, nem sei se isso importa. Chega a ser engraçado, como tudo foi tão superficial e, ao mesmo tempo, trouxe mudanças tão profundas. Quando lembro daqueles dias, sinto alegria, agonia, alvoroço. Foi assim e foi inesperado. O que se seguiu, mais assustador ainda, pela velocidade. Parece que só agora consegui aquietar o coração e pensar com mais clareza. Mas, continuo sem saber se gosto de você. E não entendo porque essa dúvida tem passeado pelos meus dias.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Acaso

Ele desceu as escadas correndo, mas foi o meu coração que acelerou. E eu, que nem tinha ido lá pra encontrá-lo, me perdi. Ali, entre olhos e sorrisos. Os mais bonitos.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Dos desencontros

Ela vê o bloco passar. Ele esbarra nela. Ela distraída com confetes e serpentinas. Ele só tem olhos pra ela. Ela com pensamento longe. Ele ali tão perto. Ela não percebe. Ele segue a troça. Ela sonha com amores de Carnaval. Ele vive a fantasia.

terça-feira, janeiro 09, 2007

Foi esquisito estar lá.

Pelos motivos todos. Porque não era preu estar. Não naqueles dias, nem daquele jeito. Eu pra dentro, tendo que olhar pra fora. Aí, deu saudade de casa e vontade de colo conhecido. Uma estranheza medonha. Porque o novo sempre provoca uma estranheza medonha. Mesmo quando é desejado. Aí, foi preciso deitar na rede, acalmar o pensamento e mandar os medos embora. Das tarefas difíceis quando se acostuma a viver na bolha. O jeito foi andar na ponta dos pés. Mas, andei.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Precisa ter essa alegria de vida.

Essa gastura. Essa falta de ar. Precisa gostar da decolagem e da descida da montanha russa. Precisa gritar bem alto pra espantar o frio na barriga. Precisa achar graça, achar bonito, achar sem procurar. Precisa saber acelerar. Precisa tirar os pés do chão. Precisa se deixar levar. Eu já fui e a porta continua aberta.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Da vertigem.

E tem esse desenho bonito que você fez na minha mão, mas que eu olho tanto e tão de perto e sem piscar, que a vista cansa e embaralha tudo.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Eu podia dizer que é amor.

E é amor. Mas é mais. É um desmantelo. Um sentimento assim que não cabe nas palavras porque não é pertence à categoria das coisas nomeáveis. É da classe do que faz o coração acelerar, o sorriso escapulir e o olho brilhar. E nem todos os escritos, nem todas as músicas, nem todos os traços, nem todas as cores conseguem abarcar. É felicidade de vento no rosto e barulho de mar. É mão desenhando desejos na pele. É chá pra dor de estômago. É choro em véspera de ano novo. É gargalhada que não sabe a hora de parar. É música dançando na voz preferida. É uma cidade inteira derretendo dentro de um abraço. É, acho que é isso.