quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Janeira

"O calor tá na pele da mauritzstadt, no mormaço que chega com o hálito doce, meio caiano, meio salobro. É a cidade que respira, que faz calçada do crepúsculo, por sobre as esquinas sujas, além dos assaltos e vidros fechados de metrópole caótica, no leito do rio que reflete um segundo céu entre o Paço e o cais.

Minha cidade - que não é natal; fatal! - é mulher que se vê ainda menina, com todas as vantagens e atropelos do fato. Talvez por isso nossas meninas sejam tão sinuosas e amarelo-brilhantes quanto linha de praia e calçada e sol de Fevereiro, da Boa Vista à Boa Viagem.

Recife é fosforescente ao meio-dia.
Ela, também"

Presente do Coelho Branco, que depois de escrever uma coisa dessas, me deixa devendo uns num-sei-quantos-mil tarecos.