sexta-feira, abril 27, 2007

Aí, hoje, ele falou sério comigo.

Como há tempos. Como já não lembrava mais. Perguntou dessa dor. De onde vinha e porque era assim tão grande. Eu não soube responder. Eu não tinha sequer pensado nisso. Sentia e pronto. Isso bastava. Aí, ele achou graça. Quis saber da minha alegria, por onde andava. Da força, da vida, da energia pra seguir o caminho que escolhi pra ser feliz. "Por que é isso, né? Ainda é isso que você quer? Ainda é isso que te move?" Apontando pro norte, que eu já tinha perdido de vista. Entulhando pensamentos e sentimentos desnecessários. Dia após dia, dia após dia. Incansavelmente. Ainda bem que ele percebeu a tempo e segurou a minha mão, porque meus pés tinham pressa em seguir, mesmo sem saber pra onde. Preciso desacelerar essa urgência. De verdade. Ainda não sei como.