sexta-feira, julho 13, 2007

Ele nunca tinha visto figuras tão vorazes quando as que ela desenhava em seu corpo. Não conhecia a volúpia de unhas e dentes cravados na pele, que confessava os segredos mais íntimos. Os olhos turvavam e se perdiam em algum ponto no infinito. O pensamento desvanecia, feito nuvem ao sabor do vento. Ela passeava com a ponta dos dedos em seus ombros, seus braços, seu peito e cada arrepio era recebido como um agradecimento. Ela sorria e falava de amor numa língua inventada antes da palavra. Ele entendia.