terça-feira, julho 03, 2007

Tanta falta.

- Tás chegando?
- Não.
- Tu chega o mais rápido que puder?
- Chego.

E chega. Me encontra no quarto. Agarrada com o travesseiro. Acha graça e me abraça. Choro tudo outra vez. Agora, protegida pelo olhar dele que não desvia do meu. Ouve palavrões e lamentações em silêncio. Não me julga ou me entende profundamente, não sei. Diz que tá do meu lado, seja lá pro que for. Me apóia e pronto. Assim, incondicionalmente, como deve ser. Aí, eu canso. Porque cansa doer. Deito e fico bem quietinha. Sinto ondas de ternura, dessas que acalmam o pensamento e o coração. Quando um quase sorriso brinca no meu rosto, ele apaga a luz e eu durmo. Em paz.