sábado, julho 09, 2005

Ana, a menina gigante

Ana é menina, bailarina. Aquela que rodopia sobre a caixinha de música. A cabrocha de todo samba. Samba de preto velho, salve-simpatia, samba de preto tu. Menina Carnaval, confete e serpentina. Ela que enfeita a noite com purpurina e ilumina tudo com as luzes de Olinda. Ana é saudade como o sol que esquenta a pele em tarde morna. À beira mar. Porque ela é barulho de mar quebrando. Bossa nova. Banquinho e violão. Ana é tão grande que não cabe nem em todas as palavras. É maior que a distância entre Recife e São Paulo. Maior que todos os braços juntos num só abraço. Tão grande que não cabe em si e se espalha pelo mundo. E o mundo, encantado, agradece.