quarta-feira, novembro 08, 2006

Tem o querer, mesmo quando você não quer. Não adianta respirar fundo, contar até dez, ir pra casa mais cedo, olhar pro outro lado. Ele continua lá. Mesmo quando não está. Fica no espaço que deixou, no vazio, na dúvida do que poderia ter sido, no quem-sabe-outro-dia. A consciência tranqüila, o coração apertado. O querer só vai embora quando quer, quando gasta, quando cansa. Até lá é essa agonia, esse destempero, esse fechar de porta e chorar até pegar no sono exausta.