quarta-feira, junho 27, 2007

“Eu entendo. Mas, não aceito”.

Ouvi isso assim, em plena noite de Natal. E foi um golpe certeiro bem no peito. O corpo gelou no segundo seguinte. Pensei que vinha uma explicação depois da frase, mas foi só silêncio. Fechei os olhos. Senti meu coração batendo como se fosse explodir e a respiração dele do lado de lá, serena. Nesse momento, soube que ele não ia mudar de idéia. Já tinha me dado todas as chances. Mas, eu sempre esperei que pudesse haver mais uma ali na frente (a gente sempre espera, né?). Enquanto tentava ganhar tempo e decidir o que queria pra mim. Sem imaginar que ele ia decidir antes, o que NÃO queria pra ele.

Não sei porquê lembrei disso hoje. Deve ser a chuva ou esse clima de nostalgia de quarta-feira à tarde. Deve ser porque, nesse exato momento, entendo, mas não aceito um bocado de coisas. A diferença é que não tenho a menor idéia do que fazer a respeito. Na verdade, acho que não posso fazer coisa alguma. Na verdade, SEI que não posso fazer coisa alguma.

Queria ir pra casa. Queria deitar na minha cama e ficar lá. Queria ouvir aquela música feliz no meu celular e esquecer dessa vida de agora, por dois ou três minutos.