sexta-feira, junho 29, 2007

Queria ter uma luminária no meu quarto.

Ou um acendedor/apagador de luz bem na cabeceira da minha cama, feito a minha mãe. Acho tão genial essa invenção. Mais incrível ainda é que na cozinha da casa dela, que é minha casa provisoriamente, você entra e acende a luz do lado de cá, sai e apaga a luz do lado de lá. É claro que eu faço isso muitas vezes. Só porque acho feliz. Mas, retomando o pensamento, se tivesse uma luminária ou um acendedor/apagador de luz na cabeceira da minha cama, ia poder ficar lendo até começar a embaralhar as letras ou confundir os meus sonhos com escritos dos outros. Como não tenho, quando acho que já tô com bem muito sono, páro, levanto e vou lá apagar a luz. Acontece que às vezes me engano. E o sono nem é assim tão grande. Volto pra cama e o pensamento não me deixa dormir nem a pau. É o que geralmente acontece. O jeito é levantar de novo e acender a luz, porque no escuro os pensamentos proliferam em maior velocidade. E de luz acesa, não durmo. Acho que é por isso que lá na outra casa, que era minha, só conseguia dormir quando ouvia o barulhinho de chave na porta e sabia que não tava mais sozinha. Aí, apagava todas as luzes e aquietava o coração. Sono sem sonhos, nem sobressaltos. Sinto falta disso. Sinto falta de um monte de coisas. Puxa vida... Passei horas e horas pensando nisso ontem antes de dormir. Na luminária, no acendedor/apagador de luz, no claro, no escuro, no que não quero mais, no que quero pra sempre, no que preciso de novo. Isso entre uma página e outra de um livro desses de medo, que eu gosto, sabe?