domingo, agosto 14, 2005

Pro meu pai. Porque não há outro homem.

Porque acordo e vou dormir sabendo que tem um cara que me ama incondicionalmente, apesar dos meus defeitos, falhas e faltas. E que me telefona todos os dias, todos mesmo, só pra saber se tô feliz e quanto "de zero a dez".

Porque basta chamar e ele tá aqui. Seja aqui, onde for. E ganho o melhor abraço do mundo e posso chorar em silêncio, sem precisar dizer nada. E ele me faz cafuné com a mão pesada que já conheço tanto e tão bem. E me sinto protegida e sei que nada de mau vai me acontecer.

Porque a única vez que o vi chorar foi por minha causa e aquela dor tão grande, fez meu sofrimento dar lugar a necessidade de superar. E ele tava ali, segurando a minha mão, me olhando com aqueles olhos atentos, até sentir que eu podia caminhar sozinha.

(Finjo que não sei, mas ele nunca foi embora... Só disfarça pra que eu me sinta mulher adulta e independente, sem saber que adoro ser menininha às vezes e não me preocupar com nada mais. Talvez ele também finja e, no fundo, saiba.)

Porque ele vive. De forma total e absoluta. E aproveita cada dia, como se fosse o único. E tem essa vontade, essa energia e esse amor à vida, que me foi concedido como herança. E porque me diz que a gente tem mais é que ser feliz e pra isso não existem regras. O que me dá coragem pra traçar meu próprio caminho, sem precisar rascunhar antes e passar a limpo depois.

Porque
se eu tivesse a chance de escolher outro homem, qualquer um, no mundo inteiro, escolheria ele. E se pudesse inventar, criar alguém à imagem e semelhança do meu ideal, inventaria ele.